PROJETO EM ANDAMENTO 2016

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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Texto montado pela profª Andréa a partir de orientações sobre Avaliações com ANEES para ser discutido em reunião com os professores da Unidade Escolar. Como avaliar?

Reflexões e Sugestões de adequações para alunos com necessidades especiais nas atividades em sala de aula. 
            Educação Inclusiva – Orientações pedagógicas
Maria Teresa Eglér Mantoan


A avaliação do desenvolvimento dos alunos também precisa mudar para ser coerente com as demais inovações propostas. O processo de avaliação que é coerente com uma educação inclusiva acompanha o percurso de cada estudante a evolução de suas competências e conhecimentos.
Em avaliações dessa natureza, apreciamos, entre outros aspectos, os progressos do aluno na organização dos estudos, no tratamento das informações e na participação na vida social.
Desse modo, muda-se o caráter da avaliação que, usualmente, é praticada nas escolas e que tem fins meramente classificatórios. A intenção dessa modalidade de avaliar é levantar dados para melhor compreensão do processo de aprendizagem e para o aperfeiçoamento da prática pedagógica. Para alcançar sua nova finalidade, a avaliação terá, necessariamente, de ser dinâmica, contínua, mapeando o processo de aprendizagem dos alunos em seus avanços, retrocessos, dificuldades e progressos.
Vários são os instrumentos que podem ser utilizados para avaliar, de modo dinâmico,os caminhos da aprendizagem, como: os registros e anotações diárias do professor, os Chamados  portfólios e demais arquivos de atividades dos alunos e os diários de classe, em que vão colecionando dados, impressões significativas sobre o cotidiano do ensino e da aprendizagem.
As provas também constituem opções de avaliação desejáveis, desde que haja o objetivo de analisar, junto aos alunos e os seus pais, os sucessos e as dificuldades escolares.
É importante também que os alunos se auto-avaliem. O professor precisa, então, criar instrumentos que exercitem/auxiliem os alunos a adquirir o hábito de refletir sobre as ações que realizam na escola e como estão vivenciando a experiência de aprender.
Esta é, sem dúvida, uma lacuna que a escola precisa preencher, pois temos dificuldade de analisar e de julgar a nossa produção intelectual, até mesmo nos níveis mais avançados de ensino. Dependemos muito da avaliação do professor sobre os nossos trabalhos e dificilmente a contrapomos com a nossa. A auto-avaliação deve levar o aluno a perceber o que conseguiu aprender e acrescentar ao que já sabia, conhecer as suas dificuldades para assimilar novos dados e o que é preciso superar para ultrapassá-las.

Em sala de aula, esse aluno deve ser avaliado da mesma forma que o aluno dito normal, no entanto o professor deve ter como parâmetro os progressos do próprio aluno e não dos seus colegas ditos normais. Desse modo, o professor poderá estabelecer metas individuais, traçar objetivos de aprendizagem em consonância com as potencialidades do aluno com deficiência intelectual. Essas metas orientarão a avaliação desse aluno, tendo como perspectiva o ponto inicial da sua evolução e as suas aquisições demonstradas por ocasião da avaliação. Essa avaliação deve ser ampliada para as diversas esferas do desenvolvimento da criança, tais como linguagem verbal, comportamento em sala de aula, interação com os colegas e a professora, compreensão do funcionamento da sala de aula e da escola, bem como a evolução na leitura e na escrita, considerando a psicogênese da linguagem escrita.

Para registro do desenvolvimento e da aprendizagem do aluno, o professor poderá adotar relatório descritivo, ou ainda utilizar o portfólio como forma de registro dessa evolução.
O relatório deve ser realizado através de um documento individual, no qual o professor exercita sua reflexão sobre processos vivenciados pelos alunos e sobre suas próprias práticas e mediações. Enquanto o portfólio possibilita a organização e o arquivo de registros das aprendizagens dos alunos. Essa seleção poderá ser realizada por eles próprios, com a finalidade de fornecer uma síntese do seu percurso ou trajetória de aprendizagem .

Fonte: Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e letramento. Brasília, 2008.





Algumas sugestões práticas:
• Leia sempre ou peça para alguém ler o que está escrito no quadro ;
• Sempre que possível, também passe tarefa de casa ao ANEE (se não for a mesma que foi dada para a classe, que seja algo a partir dela) ;
Procure o apoio do professor especializado, que poderá sugerir adaptações nas atividades, explorá-las no AEE e acompanhar o processo de aprendizagem;
• Disponibilize com antecedência os textos e livros para  ao ANEE que tem por hábito estudar em casa ou recebe bastante acompanhamento familiar;
• Se possível, o material de estudo deve ser fornecido sob a forma de textos ampliados, reduzidos, sintetizados dependendo da deficiência e desempenho do aluno;
• Durante as aulas, é útil identificar os conteúdos que estão sendo trabalhados através de imagens, figuras que poderão ser trazidas com antecedência pelo professor ou solicitadas com uma certa antecedência a profª do AEE, que poderá auxiliar providenciando as imagens ao aluno, produzindo materiais a serem utilizados por ele em sala para melhor entendimento;
• Substitua gráficos e tabelas por outras questões ou utilize gráficos simples em relevo;
Isso também pode se dar para qualquer exercício muito complexo ao ANEE: adapte-o em quantidade e em complexidade para que ele, dentro de suas habilidades consiga realizá-lo e talvez avançar um pouquinho em seu desenvolvimento cognitivo.
• Possibilite usar formas alternativas nas provas: o aluno pode realizar provas orais se tiver Dislexia, provas com questões reduzidas, levar questões de pesquisa para casa e entregar na aula seguinte, etc;
• Este estudante pode necessitar de tempo extra para responder aos testes (isso deve ser respeitado e bem esclarecido para que haja aceitação perante o restante da turma;
• Evite dar um exame diferente, pois isso pode ser considerado discriminatório e dificulta a avaliação comparativa com os outros estudantes;
• Ajude só na medida do necessário;
• Tenha um comportamento o mais natural possível, sem super proteção, ou pelo contrário, ignorá-lo.
* Contar com o auxílio de um colega a cada dia, sentando junto, é muito válido ;
“ Os alunos tutores têm sido uma solução muito bem-vinda nas escolas, despertando nos alunos o hábito de compartilhar o saber. O apoio ao colega com dificuldade é uma atitude extremamente útil e humana que tem sido pouco desenvolvida nas escolas”.

• É sempre útil fornecer uma cópia dos textos que serão trabalhados com antecedência ou após  , para que sirvam de estudo, de referência no caderno do aluno que não consegue copiar junto com os demais;
• Escreva no quadro ou no caderno do aluno datas e informações importantes, para assegurar que foram entendidas;
* Para ensinar matemática, permita que o educando utilize o ábaco, o material dourado ou qualquer outro material concreto de contagem;
·  Solicitar que o aluno formule com suas próprias palavras o pedido do professor (favorecer o entendimento). Muitas vezes o educando não entendeu o que estava sendo pedido;
·  Interrogar freqüentemente o aluno sobre as orientações para as realizações da tarefa;
·  Outra técnica complementar que pode ser utilizada com bons resultados é o cálculo mental, que deve ser estimulado desde o início da aprendizagem e que será útil;
·  O ANEE pode ser avaliado também em momentos de registros falados, observações e vivências. O importante é haver a avaliação descritiva nesses  momentos pelo professor.