PROJETO EM ANDAMENTO 2016

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sábado, 15 de setembro de 2012

CONHECENDO ALGUMAS SÍNDROMES - Sueli Vidal

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Uma contribuição de minha professora na Especialização em Educação Especial: Sueli Vidal


Síndrome é o conjunto de sinais ou sintomas provocados pelo mesmo organismo e dependentes de causas diversas que definem uma doença ou perturbação.


SUELI VIDAL

     1. Síndrome de Korsakov
     2. Síndrome de Lennox-Gastaut
     3. Licantropia clínica
     4. Síndrome de Marfan
     5. Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser
     6. Síndrome de Miller-Dieker
     7. Síndrome de Moebius
     8. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
     9. Síndromes clínicas

10. Síndrome de Aarskog

11. Síndrome de Aase

12. Síndrome de Abderhalden-Kaufmann-Lignac

13. Síndrome de Abruzzo-Erikson

14. Síndrome de Adams-Stokes

15. Síndrome de Alagille

16. Síndrome de alienação parental

17. Síndrome de Angelman

18. Síndrome de Prader-Willi

19. Síndrome de Asperger

20. Síndrome de Bassen-Kornzweig

21.  Síndrome de Boerhaave

22. Síndrome de Brugada

23. Síndrome de Budd-Chiari

24. Síndrome de Burnout

25. Síndrome de Estresse

26. Coprolalia

27. Síndrome de Crouzon

28. Síndrome de Cushing

29. Síndrome do Cólon Irritável

30. Síndrome de Dandy-Walker

31. Síndrome de digni

32. Síndrome de Down

33. Síndrome de West

34. Síndrome de Edwards

35. Síndrome de Estocolmo

36. Fenômeno de Raynaud

37. Síndrome de Gilbert

38. Síndrome de Horner

39. Síndrome de Irukandji

40. Síndrome de Klinefelter

41. Síndrome de Parkinson

42. Síndrome das pernas inquietas

43. Síndrome de Pierre Robin

44. Síndrome de Prader-Willi

45. Síndrome de Proteus

46. Rabdomiólise

47.Rabdomiólise

48. Síndrome de Reye

49. Sindrome de Stress Porcino

50 Síndrome de Tourette

51. Coprolalia

52. Síndrome de Treacher Collins

53. Síndrome do Túnel Carpal

54. Síndrome de West

55. Síndrome XYY

56. Síndrome do X Frágil

57. Síndrome metabólica

58. Síndrome de Landau-Kleffner

58. Síndrome de Spoan

59. Síndrome Nefrótica

60. Síndrome de Williams



1 . Síndrome de Korsakov (ou Korsakoff) é uma neuropatologia associada à carência de Vitamina B1 (tiamina), traumas cranianos, encefalite herpética, intoxicação pelo monóxido de carbono e indiretamente mas muito comumente ao alcoolismo agudo, pois o álcool prejudica a capacidade do organismo de absorver a Vitamina B1. Essa vitamina está associada à transformação do ácido pirúlico, que por sua vez realiza transformações bioquímicas de proteínas, gorduras e especialmente hidratos de carbono, sendo que em sua ausência as células nervosas são as mais afetadas. Os sintomas da Síndrome de Korsakov são a amnésia anterógrada, amnésia retrógrada e muito comumente a confabulação e uma desorientação temporoespacial. Acompanham esses sintomas uma severa apatia e desinteresse por parte do doente, que muitas vezes não é capaz de ter consciência de sua condição. A amnésia anterógrada está relacionada com o comprometimento da memória de curto prazo, ou seja, o doente se torna incapaz de formar novas memórias a partir do momento em que desenvolve a doença, e a amnésia retrógrada está relacionada à memória de longo prazo, assim o doente perde grande parte da memória que havia se formado antes da doença. É baseado nessa severa condição que o neurologista Oliver Sacks (em "O homem que confundiu sua mulher com um chapéu") relaciona a síndrome de Korsakov à perda da identidade, pois vítima de uma amnésia retro-anterógrada o doente perde por inteiro sua linha biográfica, sua história, e permanece incapaz de construir outra, sendo obrigado a viver como uma pessoa sem história de vida. Essa linha seria fundamental para a formação do senso de identidade na consciência. Como conseqüência desse severo quadro é que ocorre a confabulação, que seria uma tentativa do doente de preencher suas lacunas mnemônicas com imaginações e ficções aparentemente verossímeis, nas quais ele próprio poderia acreditar. Outra conseqüência seria a desorientação temporoespacial, claramente causada pela incapacidade da pessoa de marcar sua existência no tempo.

Estruturas relacionadas à memória

A memória é função do sistema límbico e se compreende no seguinte circuito: O circuito se inicia em sua face aferente, em que os estímulos percebidos pelo organismo alcançam o tálamo e seguem até o córtex. Nas regiões de associação neocorticais (no córtex) ocorre o armazenamento da memória, que quando evocada passa à sua porção eferente, envolvendo áreas conscientes e funções motoras. O tálamo tem a função de integrar as várias percepções sensoriais. No hipocampo ocorre a triagem ou classificação dessas percepções para uma devida organização do armazenamento no córtex. Os corpos mamilares, o fórnix e o cíngulo têm a função de reforçar os traços mnemônicos, criando facilitações sinápticas e duplicando as memórias em outras regiões do córtex. Pode-se entender essa função como a de transformar a memória imediata (consciente, logo após o fato ocorrido) em permanente.

O que ocorre na Síndrome de Korsakov

A síndrome de Korsakov é atribuída a uma lesão no diencéfalo, especificamente no núcleo dorsomedial do tálamo e nos corpos mamilares, que, como vistos, são essenciais na construção da memória, o que causaria a amnésia anterógrada. Para agravar esse quadro ocorre também atrofia cortical generalizada, afetando especialmente o lobo frontal e temporal. Essa lesão no córtex seria a responsável pela amnésia retrógrada e até mesmo uma complicação à já existente questão da identidade, sendo que o lobo frontal tem enorme importância na formação da personalidade e na integração de inúmeras informações corticais.

Indicação de filme: “Sé Quién Eres” – Espanha-Argentina, 2000. Direção: Patricia Ferreira. 100 min, com Miguel A. Solá, Ana Fernández, e outros.

2. Síndrome de Lennox-Gastaut

A Síndrome de Lennox-Gastaut (SLG) é uma forma de epilepsia generalizada, principalmente na infância.

Sintomas

·         Início da sintomatologia entre um e seis anos, na grande maioria dos casos.
·         Eletroencefalograma (EEG) mostrando descargas durante o sono.
·         Deficiência Mental (DM) evidente em quase todos os pacientes.
·         Síndrome Convulsiva Severa.
·         Resposta terapêutica pobre aos anticonvulsivantes habituais.

Tratamento

Manter as crises esporádicas com o uso de medicação. Em casos mais difíceis de controle de crises com medicação, é usada a dieta cetogênica, onde se consegue bom controle imediato, porém temporário. Elaboração: AHMSA (Associação Educacional para Múltipla Deficiência).

3. Licantropia clínica

Licantropia clínica é uma rara síndrome psiquiátrica na qual a pessoa afetada sofre a ilusão de poder se transformar, ou de fato ter se transformado, em um animal, ou que tal pessoa é, de alguma forma, um animal[1]. A palavra é derivada da condição mitológica da Licantropia, uma aflição sobrenatural na qual as pessoas se transformam fisicamente em lobisomens. A palavra zooantropia é algumas vezes usada para a ilusão de que uma pessoa se transformou em um animal qualquer, e não especificamente em um lobo.

Sintomas

Indivíduos afetados relatam a crença ilusória de que se transformaram, ou que estão no processo de se transformar em outro animal. Já foi relacionada com as alterações de estado da mente que acompanham a psicose (o estado mental distorcedor da realidade que, tipicamente, envolve ilusões e alucinações), sendo que a transformação aparentemente só ocorre na mente e comportamento da pessoa afligida.
Um estudo em licantropia do Hospital McLean[2] relatou uma série de casos e propôs alguns critérios diagnósticos através dos quais a licantropia poderia ser reconhecida:
·         Em um momento de lucidez, ou em retrospectiva, um paciente relata que algumas vezes se sente ou se sentiu como um animal.
·         Um paciente se comporta de uma maneira que se assemelha ao comportamento de um animal, por exemplo, gritando, rosnando ou rastejando.
De acordo com esses critérios, ou a crença ilusória na transformação atual ou passada, ou o comportamento que sugere que a pessoa se crê transformada, é considerado evidência de licantropia clínica. Os autores destacam que, embora a condição aparentemente seja uma expressão de psicose, não há um diagnóstico específico de doença mental ou neurológica associada às conseqüências comportamentais.
Parece também que a licantropia não é específica para a experiência da transformação homem-lobo. Uma grande variedade de criaturas foi descrita como parte da experiência de transformação. Uma revisão[3] da literatura médica do início de 2004 relaciona mais de trinta casos publicados de licantropia, sendo que apenas a minoria deles tem lobos ou cães por tema. Canídeos logicamente não são incomuns, embora a experiência de transformação em gatos, cavalos, pássaros e tigres tenha sido relatada em mais de uma ocasião, e até transformações em sapos e abelhas foram descritas em alguns casos. Um estudo de caso[4] datado de 1989 descreveu como um indivíduo relatou uma transformação em série, experimentando uma mudança de humano para cão, cavalo, e então, finalmente, gato, antes de retornar à realidade da existência humana depois do tratamento. Há ainda casos de pessoas que experimentaram transformação em um animal descrito apenas como “inespecífico”.
A licantropia clínica é uma condição rara, e freqüentemente considerada como uma expressão idiossincrática de um episódio psicótico causado por outra condição como esquizofrenia, distúrbio bipolar ou depressão clínica.

Fatores neurológicos

Um fator importante podem ser as diferenças ou alterações nas partes do cérebro reconhecidamente envolvidas na representação da forma corporal (propriocepção, imagem corporal). Um estudo de neuroimagem[5] de duas pessoas diagnosticadas com licantropia clínica mostrou que essas áreas do cérebro apresentavam ativação incomum, sugerindo que, quando as pessoas mencionavam que o seu corpo estava mudando de forma, elas podiam estar percebendo genuinamente tais sensações. Distorções da imagem corporal não são incomuns em episódios de doenças mentais ou neurológicas, portanto isso pode ajudar a explicar o processo, ao menos parcialmente. Uma questão intrigante é o porquê uma pessoa afligida não relatar simplesmente que o seu corpo “parece estar mudando de formas estranhas”, ao invés de apresentar a ilusão de que estão se transformando em um animal especifico. Há muitas evidências de que a psicose é mais do que apenas experiências perceptivas estranhas, portanto talvez a licantropia seja o resultado dessas experiências corporais inusitadas sendo compreendidas por uma mente já confusa, provavelmente filtradas através da lente de tradições culturais e idéias.

Contribuições culturais

Acredita-se que as contribuições culturais influenciam fortemente o conteúdo das psicoses e de experiências semelhantes, e nós dispomos de um grande repertório cultural no que diz respeito à transformação de homem em animais, dado que muitas sociedades incluíram esse conceito em mitos, histórias ou rituais. Já houve casos de crianças selvagens aparentemente criadas por animais depois de perderem os pais. O psiquiatra Lucien Malson coletou mais de cinqüenta casos assim alegados no seu importante livro “Wolf Children and the Problem of Human Nature”[6]. Mais casos já foram relatados desde a sua publicação, em 1964, sugerindo que algumas crenças na licantropia podem se originar a partir de observações de relações maternais incomuns entre humanos e animais.
Pode-se argumentar que os mitos de licantropia sobrenatural se originam de pessoas relatando experiências daquilo que, hoje, seria classificado como psicose. Na verdade, a interação entre a experiência humana e a cultura é difícil (e talvez impossível) de se separar, e no caso da licantropia não é diferente. Enquanto que a tendência principal da psiquiatria assume que alguém que se crê um animal é mentalmente enfermo, alguém que deliberadamente tenta conseguir isso com o uso de drogas psicoativas e rituais é considerado um xamã em muitas sociedades mundo afora.

4. Síndrome de Marfan

A síndrome de Marfan, também conhecida como Aracnodactilia, é uma desordem do tecido conjuntivo caracterizada por membros anormalmente longos. A doença também afeta outras estruturas do corpo, incluindo o esqueleto, os pulmões, os olhos, o coração e os vasos sangüíneos, mas de maneira menos óbvia. Seu nome vem de Antoine Marfan, o pediatra francês que primeiro a descreveu, em 1896.

Pessoas afetadas

Entre pessoas famosas, acredita-se que tinham a síndrome Júlio César, Charles de Gaulle, Sergei Rachmaninoff, Maria I da Escócia, Abraham Lincoln, o violinista Niccolò Paganini e possivelmente Charles Maurice de Talleyrand. Um livro recente sugere que o faraó egípcio Amenófis IV (Akhenaton) pode ter tido esta condição. Alega-se que a colunista política norte-americana Ann Coulter sofre da Síndrome de Marfan. Rumores dizem que Osama bin Laden também tem a Síndrome. [1] [2]
O astro do vôlei Flo Hyman, conhecido por ter Marfan, e o compositor de musicais Jonathan Larson, que acredita-se que também tinha a Síndrome, morreram de dissecção de aorta. O ator Brent Collins, da série de televisão Another World, era um anão com Síndrome de Marfan; aos 46 anos de idade, ele teve um repentino crescimento, o que o levou à morte. O ator Vincent Schiavelli possuía a Síndrome de Marfan, e era um membro honorário da National Marfan Foundation [3].
No Brasil, já existe a Fundação Marfan Brasil [4] que tem ajudado no avanço das pesquisas sobre a Síndrome de Marfan.

Notas

"http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Marfan"


5. Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser


Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser, agênese vaginal ou agenesia Mülleriana é uma anomalia congênita do órgão reprodutivo feminino.
O mal ocorre em uma em cada 5.000 — 7.000 mulheres nascidas e suas causas não são claramente conhecidas. Em geral é uma anomalia só descoberta na adolescência, no período da menarca ou da primeira relação sexual. Pode ou não haver um mínino de profundidade vaginal (às vezes até 3,5 cm), assim como órgãos reprodutores internos (útero e ovários). Uma relativa minoria dos casos está relacionada à intersexualidade.
Os portadores da anomalia podem sofrer conflitos de identidade de gênero e de auto-imagem, problemas de relacionamentos afetivos e de futura maternidade. O tratamento envolve a pessoa atingida e seus parentes e a única técnica para reversão do problema é a vaginoplastia. O prazer sexual, contudo, ficará quase sempre intacto já que o orgasmo feminino provém essencialmente da clitóris, órgão não afetado pela síndrome. O diagnóstico é feito digitalmente, podendo ou não contar com testes cromossômicos, intravenosos, de raios X ou ultrassom.

 6. Síndrome de Miller-Dieker

A síndrome de Miller-Dieker caracteriza-se por apresentar uma lisencefalia tipo I, associada a dismorfias faciais como afundamento bitemporal e mandíbula pequena, se descreve uma mutação no cromossomo 17.

7. Síndrome de Moebius

É um distúrbio neurológico extremamente raro. Decorre do desenvolvimento anormal dos nervos cranianos.

Causa

Não há ainda uma explicação científica para a ocorrência da síndrome, que pode estar associada a diferentes fatores.

Tratamentos

O tratamento da síndrome inclui cirurgias corretivas (ortopedia e estrabismo), fisioterapia, fonoterapia e terapia ocupacional.

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