PROJETO EM ANDAMENTO 2016

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domingo, 19 de agosto de 2012

Inclusão das Tecnologias no projeto Pedagógico

A chave para o sucesso


Incluir a tecnologia no projeto pedagógico é a única forma de garantir que as máquinas se tornem, de fato, ferramentas a serviço da aprendizagem dos conteúdos curriculares, e não um fim em si mesmas


Já é consenso que os computadores são importantes aliados do professor. Para 78% dos pesquisados, o uso das tecnologias na Educação amplia as possibilidades de exploração dos conteúdos escolares. E 63% acreditam que o bom aproveitamento das máquinas se reflete na melhora da aprendizagem dos alunos. Para que isso seja realidade, porém, é preciso um ingrediente essencial: planejamento. A boa notícia é que a maioria dos entrevistados diz incluir as ferramentas tecnológicas no projeto pedagógico da escola (confira os números na tabela abaixo).

O ideal é começar no início do ano, no planejamento geral em que cada disciplina decide os projetos a desenvolver - e elege os recursos tecnológicos que "casam" com os conteúdos. "Ao longo dos meses, é preciso promover avaliações periódicas e um bom monitoramento para verificar se o que foi previsto está funcionando e atendendo às necessidades", diz Elizabete dos Santos, diretora de Tecnologias Educacionais da Secretaria de Educação do Paraná, que mantém um time de 270 assessores distribuídos em 32 núcleos regionais para auxiliar as 2,1 mil escolas da rede a realizar esse planejamento e acompanhamento. "Podemos detectar, por exemplo, uma escola que está no limite de uso da conexão com a internet e precisa de mais banda."

Trabalho semelhante de organização da rede é feito pela prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, onde todas as escolas de Ensino Fundamental têm laboratório de informática e professores especializados atuando em parceria com os responsáveis de cada disciplina dentro das escolas (leia mais no quadro da página 12).

Lea Fagundes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explica por que as escolas precisam se adaptar à nova realidade de uso das tecnologias: "Temos de sair de uma lógica da cultura industrial para entrar na da cultura digital, em que não há a divisão de tempo e espaço" (leia mais na entrevista da próxima página). Confira na próxima página algumas ações que as redes podem adotar para garantir que o planejamento das escolas incorpore as novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos previstos no currículo.

78% dos entrevistados acreditam que o uso do computador amplia as possibilidades de exploração dos conteúdos escolares

Todos plugados

Quanto mais professores usam computadores no dia a dia, maior a possibilidade de trabalharem conteúdos pedagógicos usando a tecnologia









A serviço da aprendizagem


Os laboratórios de informática começaram a chegar às 68 escolas de Ensino Fundamental de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, em 2002 (agora, a prefeitura estuda informatizar as 76 unidades que atendem à Educação Infantil).

"A incorporação das tecnologias ao projeto pedagógico foi um processo que demorou a ser compreendido", afirma Kátia Duarte Cruz Rocha, chefe de seção de Laboratório e Educação Tecnológica do município.

No início do programa, os professores de apoio elaboravam um plano de trabalho específico que constava como um capítulo do planejamento escolar - ou seja, caracterizava o laboratório como um espaço com objetivos próprios. Só em 2007, após muita reflexão coletiva, foi publicada a Proposta Curricular de Tecnologia da Informação, que representou um grande avanço no modo de conceber o uso pedagógico desses recursos. "Desde então, a orientação da rede vai no sentido de integrar os computadores às necessidades de ensino e aprendizagem de cada escola e cada professor", diz Kátia.

A EMEB Otílio de Oliveira é uma das que seguem a orientação à risca.

A escola tem um laboratório de informática com 18 computadores, acesso à internet, impressora, câmera digital e scanner, além de professores de apoio aos programas educacionais (pape). "Na reunião de planejamento, no início do ano, sentamos com os responsáveis pelas disciplinas e planejamos juntos o bom uso dos recursos tecnológicos, sempre pensando nos conteúdos previstos", explica Élida Ferrari Penhalver, pape da Otílio de Oliveira. "E, ao longo do ano, aproveitamos os horários de trabalho pedagógico coletivo para dar os ajustes necessários ao trabalho." Um bom exemplo dessa integração é um projeto desenvolvido atualmente pelos professores de Língua Portuguesa de quatro turmas de 4º ano sobre correspondências. Cada turma se comprometeu a apresentar o que aprendeu de uma forma diferente.

Um dos grupos optou por uma poesia e usou o Power Point para exibir o material na tela. Outro resolveu fazer uma paródia da música Fada, de Victor e Léo, que foi rebatizada de Carta. "Os meninos compuseram a nova letra, o filho da professora fez um arranjo e depois um grupo usou o laboratório de informática para gravar o registro de voz", conta Élida.

"Em todos os casos, as máquinas foram usadas para atender às necessidades de aprendizagem previstas pelos professores."


Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/a-chave-para-o-sucesso-519553.shtml?fb_action_ids=3900055424720&fb_action_types=og.likes&fb_source=timeline_og&action_object_map=%7B%223900055424720%22%3A430253111122%7D&action_type_map=%7B%223900055424720%22%3A%22og.likes%22%7D&action_ref_map=[]