PROJETO EM ANDAMENTO 2016

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sexta-feira, 31 de maio de 2013

21 exercícios de neuróbica que deixam o cérebro afiado - MUITO INTERESSANTE !!!


Evitar fazer tudo no automático ajuda a turbinar a memória e a concentração




Quem foi que disse que o cérebro não precisa de exercícios para se manter ativo? Se o nosso corpo necessita de malhação para ficar sempre em ordem e cheio de disposição, por que com a mente seria diferente?

O cérebro também vai perdendo sua capacidade produtiva ao longo dos anos e, se não for treinado com exercícios, pode falhar. O neurocientista norte-americano, Larry Katz, autor do livro Mantenha seu Cérebro Vivo, criou o que é chamado de neuróbica, ou seja, uma ginástica específica para o cérebro.

A teoria de Katz é baseada no argumento de que, tal como o corpo, para se desenvolver de forma equilibrada e plena, a mente também precisa ser treinada, estimulada e desenvolvida. É comum não prestamos atenção naquilo que fazemos de forma mecânica, por isso costumamos esquecer das ações que executamos pouco tempo depois.

"O objetivo da neuróbica é estimular os cinco sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção nas suas ações e então, melhore seu poder de concentração e a sua memória", explica a psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva, Mariuza Pregnolato. "Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que é realizado diariamente".
Para o neurologista da Unifesp Ivan Okamoto, tais exercícios ajudam a desenvolver habilidades motoras e mentais que não costumamos ter em nosso dia a dia, porém, tais habilidades em nada se relacionam com a memória.


"Se você é destro e começa a escrever com a mão esquerda, desenvolverá sua coordenação motora de modo a conseguir escrever com as duas mãos e caso um dia, tenha algum problema que limite a escrita com a mão direita, terá a esquerda bem capacitada para isso. Mas o fato de praticar este tipo de exercício não significa que você se verá livre de problemas como esquecer de pagar as contas, tomar o remédio, ou algo do gênero", explica o especialista.

Como funciona a neuróbica?

A neuróbica consiste na inversão da ordem de alguns movimentos comuns em nosso dia a dia, alterando nossa forma de percepção, sem, contudo, ter que modificar nossa rotina. O objetivo é executar de forma consciente as ações que levam à reações emocionais e cerebrais. São exercícios que vão desde ler ao contrário até conversar com o vizinho que nunca dá bom dia, mas que mexem com aspectos físicos, emocionais e mentais do nosso corpo. "São esses hábitos que ajudam a estimular a produção de nutrientes no cérebro desenvolvendo suas células e deixando-o mais saudável", explica Mariuza Pregnolato.

Quanto mais o cérebro é treinado, mais afiado ele ficará, mas para isso não precisa se matar nos testes de QI ou nas palavras cruzadas para ter resultados satisfatórios. "Estas atividades funcionam, mas a neuróbica é ainda mais simples. Em vez de se inscrever em um super desafio de matemática e ficar decorando fórmulas, que tal vestir-se de olhos fechados ou andar de trás para frente?", sugere a especialista. A proposta da neuróbica é mudar o comportamento rotineiro para "forçar" a memória. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção ou usar um novo caminho para ir ao trabalho.




O papel dos sentidos
O programa de exercícios da neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando várias combinações de seus sentidos - visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos "sentidos" de cunho emocional e social.

"Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações, assim, quando você veste uma roupa no escuro, coloca seus sentidos em sinal de alerta para a nova situação. Se a visão foi dificultada, e é isso que faz com que você sinta o efeito dos exercícios, outros sentidos serão aguçados como compensação", explica Mariuza.

Para estimular o paladar, uma dica bacana é fazer combinações gastronômicas inusitadas. Já pensou em misturar doce com salgado? Maionese com leite condensado?
Saiba mais
Corpinho de 40 e mente de 20!

A neuróbica não vai lhe devolver o cérebro dos vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o seu arquivo de memórias. "Não dá para aumentar nossa capacidade cerebral, o que acontece é que com os exercícios você consegue ativar áreas do seu cérebro que deixou de usar por falta de treino", explica Mariuza.

"Você só estimula o cérebro se o exercita, por isso quem sempre esteve atento a esta questão terá menos problemas de saúde cerebral, como demência e doenças cognitivas, como Alzheimer".

21 dicas para você montar seu treino


O desafio da neuróbica é fazer tudo aquilo que contraria ações automáticas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional, por isso:

1-Use o relógio de pulso no braço direito;

2-Ande pela casa de trás para frente;

3-Vista-se de olhos fechados;

4-Estimule o paladar, coma comidas diferentes;

5-Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado;

6-Veja as horas num espelho;

7-Troque o mouse do computador de lado;

8-Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda - ou a direita, se for canhoto;

9-Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual;

10-Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro;

11-Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que ache que a descrevem a imagem ou o tema fotografado;

12-Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais subtis. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef;
13-Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os;

14-Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras;

15-Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes.

16-Compre um quebra cabeças e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu;

17-Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos;

18-Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver;

19-Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar;

20-Ao ler uma palavra pense em outras cinco que começam com a mesma letra;

21-A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, faça alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e estimule o seu cérebro. Se você é destro, que tal escrever com a outra mão?






Hábitos saudáveis

Outra atitude indispensável para manter a memória sempre afiada, é prestar atenção na qualidade de vida. O neurologista Ivan Okamoto sugere um estilo de vida mais tranquilo, com alimentação balanceada, sem vícios e com a prática regular de exercícios físicos para manter o corpo e a mente saudáveis.

"A melhor maneira de manter a memória em dia é cuidar da saúde, por isso é importante evitar cigarro e bebidas alcoólicas, seguir uma dieta equilibrada, praticar exercícios e exercitar o cérebro. Manter a atividade mental, seja trabalhando ou participando de alguma atividade em grupo, ajuda a elevar a autoestima e deixar a memória a todo vapor", explica o especialista.


Por Natalia do Vale - publicado em 24/05/2010

Fonte: http://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/11342-21-exercicios-de-neurobica-que-deixam-o-cerebro-afiado


quinta-feira, 30 de maio de 2013

A INCLUSÃO NA SALA DE AULA: como pode funcionar no processo ensino aprendizagem.

Acompanhei e acompanho essa profissional desde que dei início ao meu trabalho na Sala Multifuncional e seu texto abaixo,  na minha opinião elucida de forma muito prática e em consonância ao dia-a-dia escolar, como o professor pode (se tiver a boa vontade) atender as Necessidades Educativas Especiais de seus alunos. 



Aos que trabalham nas Salas Multifuncionais, aos que trabalham com Educação e Educação Especial, não deixem de ler e de visitar o BLOG  ELAINE-ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO / AEE:

http://elaineaee.blogspot.com.br/2013/04/a-diferenca-entre-atividades-de.html


A DIFERENÇA ENTRE ATIVIDADES DE ADEQUAÇÃO CURRICULAR E ATIVIDADES TERAPÊUTICAS...

Bom Dia!!!
Hoje resolvi postar sobre um assunto um tanto quanto polêmico, principalmente para os Profissionais que atuam nas Salas Regulares e que muitas vezes têm dúvidas sobre como intervir no processo de Ensino e Aprendizagem dos Alunos e Alunas com Necessidades Educacionais Especiais. 
O campo das Necessidades Educacionais Especiais é vasto! Quem trabalha em Escola sabe disso! A cada ano mais e mais Alunos e Alunas chegam às Escolas com quadros de Deficiência, Dificuldades de Aprendizagem, Situações de Risco Social: fome, maus tratos, violência, abuso sexual. Enfim quando falamos em NEE ( Necessidades Educacionais Especiais), temos muitos exemplos espalhados pelas diversas Unidades Escolares brasileiras.
O fato é que apesar de toda essa diversidade de NEE, os instrumentos legais que contamos até o dia de hoje, no campo do Atendimento Educacional Especializado (AEE), limita-se ao atendimento das Necessidades Educacionais Especiais acompanhadas dos quadros de Deficiência, Transtornos Globais de Desenvolvimento ( Autismo e suas diversidades TEA) e Altas Habilidades. Sendo os quadros de Autismo desde dezembro último também considerados como casos de Deficiência através da Lei 12764.
Pois bem, falando de AEE ( Atendimento Educacional Especializado), uma das principais funções dos Profissionais de AEE, visto que uma sigla não se faz sozinha, necessita de Profissionais capacitados para a realização deste trabalho, é o de oferecer condições de acessibilidade aos Alunos que se encaixam nos quadros acima citados, para que possam não só frequentarem as Salas Regulares de Ensino, como também para que possam aprimorar suas capacidades cognitivas em todas as áreas, promovendo a construção da Aprendizagem.
Quando falamos em Aprender, simultaneamente estamos falando também em Ensinar. O Ato de Aprender está intimamente ligado ao ato de Ensinar. E quando falamos em Ensinar estamos nos remetendo a concepções que cada profissional tem do que é Ensinar. 
Diferentes Pensadores contribuíram e ainda contribuem, sobre este tema inesgotável. temos contribuições das áreas da Pedagogia, Psicologia, Medicina, Artes, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Tecnologia,enfim ninguém pode dizer que não tem material para pesquisa.
Em respeito a minha área de atuação que é a Pedagogia, vou me deter em um dos Pensadores que foi  e é , pois sua presença em minha prática é muito viva, importantíssima : Professor Paulo Freire. 
Para o Professor Paulo Freire, quando falamos  em Ensino e Aprendizagem, estamos construindo nossa prática pedagógica em dois alicerces distintos: ou acreditamos em uma Educação Bancária ou em uma Educação Libertária.
A grosso modo, com perdão do Professor, ou Eu Acredito e construo minha prática para a Liberdade de Aprender a Aprender, considerando todas as capacidades do meu Aluno ou Aluna, transformando sua Realidade ou Eu mantenho a Opressão Bancária de Ensinar formalmente desconsiderando as características individualizadas de cada Aluno.
Essa concepção toma um contexto fantástico na Educação Inclusiva. O meu Aluno e Aluna com Deficiência tem potencialidades e dificuldades como qualquer outro Aluno. E Eu Profissional de Educação, tenho uma importância significativa na vida deste Aluno ou Aluna ímpar, pois muitos deles só terão a Escola para descobrirem suas potencialidades, pois todos sabemos que a cultura humana é muito capacitada para olhar, reparar e até monitorar defeitos, dificuldades, erros, tropeços.
Vocês que aguentaram a leitura deste texto até aqui devem estar se perguntando, mas o que isso tudo tem a ver com o título da postagem?
O motivo deste caminho todo que estou traçando neste texto é devido às inúmeras dúvidas que me chegam diariamente de Colegas Educadores sobre como adequar atividades para Alunos e Alunas Autistas, Deficientes Múltiplos, Deficientes Intelectuais, e muitos outros.
Amigos e Amigas Educadores, não existe modelos de atividades para Alunos A ou B. As atividades para todos os Alunos têm de estar contextualizadas com o trabalho do Professor e Professora, ou seja, quando falamos em Adequação Curricular, falamos em Currículo e Currículo é instrumento de trabalho de cada Professor ou Professora em sua área de atuação.
Para saber, quando falamos em Adequação Curricular, podemos estar falando em três situações distintas:
* Currículo Igual:  Permanecem os mesmos objetivos para todos, com o mesmo conteúdo trabalhado, as mesmas propostas de atividades, com apenas alguns Apoios Necessários dependendo das NEE do Aluno com Deficiência que tenho em minha turma. Não por sua Deficiência, mas por suas condições funcionais: Potencialidades e Dificuldades. Em geral o Currículo é mantido igual em casos de Alunos que não têm prejuízos cognitivos. É o caso do Aluno que é cego, portanto precisa que o conteúdo da aula seja contextualizado em braile, ou do Aluno surdo que precisará do contexto em Libras e do Interprete.
* Currículo Multinível: É aquele onde o conteúdo permanece, contudo alteram-se algumas atividades, ambientes e objetivos. Neste tipo de alteração curricular, geralmente eu, Professor ou Professora atendo às NEE dos Alunos e Alunas que apresentam alguma alteração cognitiva ( Deficiência Intelectual), levando em consideração as habilidades funcionais deste Aluno ou Aluna, e não o tipo de Deficiência, pois Alunos com o mesmo tipo de Deficiência não são iguais. Precisamos aprender a enxergar além das Deficiências. A grande novidade é que meu objetivo com este Aluno ou Aluna neste tipo de Currículo é que posso e devo alterar os objetivos para esse Aluno ou Aluna, de acordo com suas potencialidades. Não preciso de uma aula especial para Ele ou Ela, só preciso de outro "Olhar" processual e avaliativo.
* Currículo Sobreposto ou Flexibilizado: É aquele currículo onde devido a funcionalidade do Aluno ou Aluna que atendo na Sala Regular estarem limitadas, preciso alterar objetivos, atividades e até ambientes variados, como sala de informática, pátio, jardim, etc. Porém o tema, o conteúdo trabalhado na aula regular permanece o mesmo, ou seja, eu não vou preparar uma Aula Diferente para esse Aluno ou Aluna, eu vou flexibilizar minha proposta de Aula para que Ele ou Ela seja incluso na Aula e principalmente para que eu Professor e Professora possa conhecer ainda mais as capacidades deste Aluno ou Aluna, contemplando sua avaliação, com indicadores que mostrem claramente o que esse Aluno ou Aluna foi capaz de realizar.
Portanto Amigas e Amigos, não devemos nos preocupar em construir materiais focados em terapias comportamentais, pois isso não é tarefa da Escola Regular e sim de Clínicas e Profissionais de outras áreas. 
Nossa tarefa é Pedagógica e qualquer intervenção ou adequação deve partir do Universo Pedagógico para  o Universo Pedagógico.
Lembremos que o foco da Educação Inclusiva é o de Incluir o Aluno no Universo da escola Regular e não o de tratá-lo como um paciente. Caso contrário estaremos construindo novos guetos, novas salas especiais, dentro das salas regulares.
Cada caso é único e singular. Podemos e devemos trabalhar em consonância com outros Profissionais, contudo sem perder de vista nosso papel pedagógico.
Para finalizar, gosto sempre de exemplificar o que escrevo. Para hoje escolhi algumas atividades que foram preparadas para o atendimento das NEE de um Aluno dentro do espectro autista, de uma sala regular, onde eu atendia como responsável pelo Atendimento Educacional Especializado. Esse Aluno estava matriculado em uma sala regular do 1º ano do Ensino Fundamental I, de uma Escola Pública da região oeste do Município de São Paulo.  
Mantivemos os mesmos objetivos, conteúdos, apenas alteramos as atividades apoiando sensorialmente as informações trabalhadas pela Professora durante a aula, devido as capacidades funcionais do Aluno em questão.
Espero ter ajudado! Até mais!

Professora: Elaine Cristina Alves de Carvalho Leal.

terça-feira, 28 de maio de 2013

***Atividades Desafiadoras para o Apoio Pedagógico Específico - Sugestões para imprimir ***

Algumas das atividades que utilizo no EVA - Espaço de Vivências Pedagógicas em Alfabetização com os alunos com Dificuldades de Aprendizagem na minha escola pública - Itajaí / SC
Confiram  em meu outro Blog:

http://construindonasalamultiespecial.blogspot.com.br/2013/05/atividades-desafiadoras-para-o-apoio.html



sexta-feira, 10 de maio de 2013

Planejamentos para incluir aluno com Síndrome de Down Sugestões !


Síndrome de Down


Dificuldade de visão
Embora os alunos com Síndrome de Down costumem ser muito bons em aprender visualmente e sejam capazes de utilizar este habilidade para aprender o currículo, muitos têm alguma dificuldade de visão: de 60 a 70% usam óculos antes dos 7 anos e é importante diagnosticar e sanar as dificuldades que eles possuem.
ESTRATÉGIAS
- Coloque o aluno mais à frente
- Escreva com letras maiores
- Faça apresentações simples e claras
Dificuldade de audição
Muitas crianças com Síndrome de Down têm alguma perda auditiva, especialmente nos primeiros anos. Até 20% apresentam perda sensorial-neural, causada por defeitos no desenvolvimento do ouvido e nervos auditivos. Outros 50% podem ter perda auditiva ocasionada por infecções respiratórias que costumam ocorrer por conta dos canais auditivos mais estreitos. É especialmente importante checar a audição da criança porque ela afetará sua fala e linguagem.
A clareza da audição também pode ser flutuante e é importante identificar que respostas inconsistentes podem ser fruto de deficiência auditiva e não falta de entendimento ou atitude indesejada.
ESTRATÉGIAS
- Coloque o aluno mais à frente
- Fale diretamente ao aluno
- Reforce o discurso com expressões faciais, sinais ou gestos
- Reforce o discurso com material de apoio visual – figuras, fotos, objetos
- Escreva novo vocabulário no quadro
- Quando outros alunos responderem, repita suas respostas alto
- Diga de outra forma ou repita palavras e frases que possam ter sido mal-entendidas
Sistema motor fino e grosso
Muitas crianças com Síndrome de Down têm flacidez muscular (hipotonia), o que pode afetar sua habilidade motora fina e grossa. Isso pode atrasar as fases do desenvolvimento motor, restringindo experiências dos primeiros anos, tornando o desenvolvimento cognitivo mais lento. Na sala de aula, o desenvolvimento da escrita é especialmente afetado.
ESTRATÉGIAS
- Oferecer exercícios extras, orientação e encorajamento – todos as habilidades motoras melhoram com a prática.
- Oferecer atividades para o fortalecimento do pulso e dedos, como por exemplo alinhavar, seguir tracinhos com o lápis, desenhar, separar, cortar, apertar, construir, etc.
- Usar um grande leque de atividades e materiais multi-sensoriais.
- Procurar que as tividades sejam o mais significativas e prazerosas possível.
Dificuldade de fala e de linguagem
Crianças com Síndrome de Down típicas possuem dificuldade de fala e linguagem e devem ser atendidas regularmente por fonoaudiólogos que podem sugerir atividades individualizadas para promover o desenvolvimento de sua fala e linguagem.
O atraso na linguagem é causada por uma combinação de fatores, alguns deles físicos e alguns devido a problemas cognitivos e de percepção. Qualquer atraso em aprender a entender e usar a linguagem pode levar a um atraso cognitivo. O nível de conhecimento e entendimento e, logo, a habiliade de acessar o currículo vai inevitavelmente ser afetada. Habilidades receptivas são mais desenvolvidas do que habilidades de expessão. Isso quer dizer que as crianças com Síndrome de Down entendem mais do que são capazes de expressar. Como resultado disso, as habilidades cognitivas destes alunos são freqüentemente subestimadas.
ATRASO NA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
- Vocabulário menor, levando a um conhecimento geral menor.
- Dificuldade de aprender regras gramaticais (não usar vocábulos de conexão, preposições, etc), resultando num estilo telegráfico de discurso.
- Habilidade para aprender vocabulário novo mais fácilmente do que as regras gramaticais.
- Maiores problemas em aprender e usar linguagem social.
- Maiores problemas em entender linguagem específica apresentada no currículo.
- Dificuldade em compreender instruções.
Além disso, a combinação de ter uma boca menor e músculos da boca e da língua mais fracos torna a formação das palavras fisicamente mais difícil, e quanto maior a frase maiores ficam os problemas de articulação.
Problemas de fala e linguagem para estas crianças normalmente significam que menos oportunidades lhes são oferecidas para manter uma conversação. É mais difícil para eles pedir informação ou ajuda. Os adultos costumam fazer perguntas fechadas, ou terminar uma frase pelas crianças sem lhes dar tempo para falarem por si próprios nem ajudar para que eles consigam fazê-lo.
A consequência disso é que a criança:
- Ganha menos experiência de linguagem que lhe dê oportunidade de aprender novas palavras e estruturas de período.
- Tem menos oportunidade de praticar para tentar falar com mais clareza.
ESTRATÉGIAS
- Dar tempo para o processamento da linguagem e para responder.
- Escutar atentamente – seu ouvido irá se acostumar.
- Falar frente à frente e com os olhos nos olhos do aluno.
- Usar linguagem simples e familiar, com frases curtas e enxutas.
- Checar o entendimento – pedir para a criança repetir instruções dadas.
- Evitar vocabulário ambíguo.
- Reforçar a fala com expressões faciais, gestos e sinais.
- Ensinar a ler e usar palavras impressas para ajudar a fala e a pronúncia.
- Reforçar instruções faladas com instruções impressas, usar também imagens, diagramas, símbolos e material concreto.
- Enfatizar palavras-chave reforçando-as visualmente.
- Ensinar gramática com material impresso, cartões de figuras, jogos, figuras de preposições, símbolos, etc.
- Evitar perguntas fechadas e encorajar a criança a falar além de frases monosilábicas.
- Encorajar o aluno a falar em voz alta na sala dando a ele estímulos visuais. Permitir que eles leiam a informação pode ser mais fácil para eles do que falar espontaneamente.
- O uso de um diário para casa e escola pode ajudar os alunos a contar suas “ novidades”.
- Desenvolver a linguagem através de teatro e faz-de-conta.
- Encorajar o aluno a liderar.
- Criar oportunidades onde ele possa falar com outras pessoas, por exemplo, levar mensagens, etc.
- Providenciar várias atividades e jogos de ouvir por pouco tempo e materiais visuais e táteis para reforçar a linguagem oral e fortalecer as habilidades auditivas.
DÉFICIT DE MEMÓRIA AUDITIVA RECENTE E NA HABILIDADE DE PROCESSAMENTO AUDITIVO
Outros problemas de fala e linguagem em crianças com Síndrome de Down surgem por conta de dificuldades na memória auditiva recente e nas habilidades de processamento auditivo. A memória auditiva recente é a memória armazenada usada para manter, processar, entender e assimilar a língua falada o tempo suficiente para responder. Qualquer déficit na memória auditiva recente vai afetar consideravelmente a habilidade do aluno em responder a palavra falada ou aprender a partir de situações que se prendam somente a sua habilidade auditiva. Além disso, eles acham mais difícil seguir e lembrar de instruções verbais.
ESTRATÉGIAS
- Limite a quantidade de instruções verbais a uma de cada vez.
- Dê tempo à criança para processar e responder às colocações verbais.
- Repita individualmente para o aluno qualquer informação ou instrução que foi dada a classe como um todo.
- Tente evitar instruções ou discussões na classe que sejam muito longas.
- Planeje traduções visuais e-ou atividades alternativas.
Lembre-se: em geral, crianças com Síndrome de Down têm fortes habilidades de aprendizagem visual mas não são bons aprendizes auditivos. Sempre que possível eles necessitam de apoio visual e concreto e materiais práticos para reforçar as informações auditivas.
Capacidade de concentração mais curta
Muitas crianças com Síndrome de Down têm uma capacidade de concentração mais curta e são facilmente distraídos. Além disso, a intensidade do aprendizado com apoio, especialmente quando ele se dá individualmente, é muito maior e a criança se cansa mais facilmente do que a criança que não necessita deste apoio.
ESTRATÉGIAS
- Construa uma gama de tarefas curtas, focalizadas e definidas claramente nas aulas.
- Varie o nível de demanda de tarefa para tarefa.
- Varie o tipo de apoio.
- Use os outros colegas para manter o aluno trabalhando.
- Na hora da rodinha, situe o aluno próximo ao professor (sem sentar no colo!).
- Providencie um quadrado de carpete para que a criança fique sentada no mesmo lugar.
- Trabalhar no computador às vezes ajuda a manter o interesse da criança por mais tempo.
- Crie uma caixa de atividades. Isso é útil para as horas em que a criança terminou sua atividade antes de seus colegas, precisa mudar de tarefa ou precisa dar um tempo. Coloque uma série de atividades que o aluno gosta de fazer, incluindo livros, cartões, jogos de manipulação, etc. Isso encoraja a escolha dentro de uma situação estruturada. Deixar que outra criança participe é uma boa maneira de encorajar amizade e cooperação.
GENERALIZAÇÃO, PENSAMENTO ABSTRATO E RACIOCÍNIO
Quando uma criança tem deficiência de fala e linguagem, suas habilidades de pensamento e raciocínio são inevitavelmente afetadas. Ela encontra mais dificuldade em transferir suas habilidades de uma situação para outra. Conceitos e assuntos abstratos podem ser particularmente difíceis de entender e a capacidade de resolução de problemas pode ser afetada.
ESTRATÉGIAS
- Não assuma que o aluno vai transferir conhecimento automaticamente.
- Ensine novas habilidades usando uma variedade de métodos e materiais e em vários contextos diferentes.
- Reforce o aprendizado de conceitos abstratos com materiais concretos e visuais.
- Ofereça explicações adicionais e dê demonstrações.
- Encoraje a solução de problemas.
CONSOLIDAÇÃO E RETENÇÃO
Alunos com Síndrome de Down geralmente levam mais tempo para aprender e consolidar coisas novas e a habilidade de aprender e absorver o aprendizado pode variar de um dia para o outro.
ESTRATÉGIAS
- Ofereça mais tempo e oportunidade para repetições adicionais e reforço.
- Apresente informações e conceitos novos de maneiras variadas, usando material concreto, prático e visual, sempre que possível.
- Siga em frente mas sempre dê uma revisada para assegurar que coisas aprendidas anteriormente não ficaram esquecidas com a assimilação das novas informações.
ESTRUTURA E ROTINA
Muitas crianças com Síndrome de Down se dão bem com rotina, estrutura e atividades focalizadas claramente. Situações informais e sem estrutura são geralmente mais difícieis para eles. Eles também podem se sentir contrariados com qualquer mudança. Podem precisar de maior preparação e podem levar mais tempo para se adaptar às mudanças na sala de aula e nas transições.
ESTRATÉGIAS
- Explique sobre a grade de horários, rotinas e regras escolares explicitamente, dando tempo e oportunidade para que aprenda.
- Providencie uma grade de horários visualmente atraente: use palavras, desenhos, figuras e fotos.
- A progressão da aula durante o dia deve poder ser acompanhada pelo horário.
- Quando uma grade visual não for apropriada, arrume uma série de fotos ou figuras descrevendo as atividades escolares. Estas fotos podem ser mostradas a criança antes da atividade ser começada.
- Certifique-se de que a crinaça sabe qual será a próxima atividade.
- Atenha-se à rotina sempre que possível.
- Prepare a criança com antecedência se souber que haverá alguma mudança e informe os pais.
- Solicite a ajuda da criança na preparação para a atividade subsequente dando-lhe uma tarefa específica.
INCLUSÃO SOCIAL
O objetivo primordial para qualquer criança de 5 anos entrar na escola é a inclusão social. Como com qualquer criança, é muito mais difícil progredir nas áreas cognitivas até que ela seja capaz de se comportar e interagir com os outros de maneira socialmente aceitável e entender e responder apropriadamente ao ambiente que a cerca. Todas crianças com Síndrome de Down se beneficiam em se misturar com colegas com desenvolvimento típico. Muitas vezes eles ficam felizes em agir como os colegas e geralmente os usam como modelos para o comportamento social apropriado e motivação para aprender. Este tipo de experiência social, quando existe a expectativa de que as outras crianças se comportem e consigam fazer coisas de acordo com sua faixa etária, é extremamente importante para as crianças com Síndrome de Down, que geralmente tem um mundo mais confuso e menos maduro social e emocionalmente. Mesmo assim, muitas delas precisam de ajuda adicional e apoio para aprender as regras para o comportamento social apropriado. Elas não aprendem facilmente de forma incidental e não pegam as convenções intuitivamente como seus colegas. Elas vão levar mais tempo do que seus colegas para aprender as regras. O foco principal da ajuda adicional nos primeiros anos deve ser aprender as regras do comportamento social adequado.
ESTRATÉGIAS
- Reconhecer as principais rotinas do dia.
- Aprender a participar e responder apropriadamente.
- Responder a perguntas e instruções dadas oralmente.
- Aprender a respeitar a vez de cada um, dividir, dar e receber.
- Aprender a fazer fila.
- Aprender a sentar no chão na hora da rodinha.
- Aprender comportamentos apropriados.
- Aprender as regras da escola e da classe, tanto as formais quanto as informais.
- Trabalhar independentemente.
- Trabalhar em cooperação com os outros.
- Fazer e manter amizades.
- Desenvolver de habilidades de auto-ajuda e tarefas práticas.
- Tomar conta, se preocupar com os outros.
HORA DE BRINCAR
Algumas ajudas adicionais na inclusão de crianças pequenas com Síndrome de Down durante a hora da brincadeira podem ser necessárias. Porém, qualquer ajuda de adulto que a criança tiver, se não for usado com sensibilidade, pode erguer uma barreira entre a criança e seus colegas, o que, junto com a dificuldade de fala e linguagem, pode tornar as coisas muito mais difíceis para a criança com Síndrome de Down:
- Começar independentemente a brincar com outras crianças.
- Entender as regras do jogo.
- Entender as regras de “ser amigo”.
ESTRATÉGIAS
- Encoraje o aprendizado cooperativo em trabalho com um parceiro ou num grupo pequeno.
- Não coloque sempre o aluno junto com o grupo menos capaz ou menos motivado. Alunos com Síndrome de Down se beneficiam por trabalhar com crianças mais capazes se as tarefas forem adequadamente diferenciadas.
- Promova a conscientização sobre as deficiências através de, por exemplo, uma discussão com toda a classe ou a escola. É importante que os alunos se familiarizem com o colega com Síndrome de Down, entendam seus pontos fortes, seus pontos fracos, sua capacidade e também reconheçam que ele tem as mesmas necessidades emocionais e sociais do que eles próprios.
- Se achar adequado, promova uma alternância de amigos ou um sistema de colega de apoio para ajudar na inclusão.
- Use a ajuda dos colegas no lugar de adultos sempre que possível.
- Organize apoio para oferecer sessões de brincadeira estruturadas na hora do recreio.
- Encoraje a participação do aluno em atividades extra-curriculares com os colegas da escola (clubes de livro, esportes, etc).
- Encoraje habilidades de independência e vida prática, por exemplo, dando-lhe responsabilidades – devolver livros, levar mensagens, etc.
- Encoraje-o a conhecer a si mesmo, respeitar a própria identidade, promova sua auto-estima e auto-confiança.
- Promova o entendimento através de teatro, livros, figuras ou na hora da rodinha.
COMPORTAMENTO
Não há problemas de comportamento característicos de crianças com Síndrome de Down. Porém, muito de seu comportamento estará relacionado a seu nível de desenvolvimento. Então, quando ocorrem problemas, eles são geralmente parecidos com aqueles vistos em crianças de desenvolvimento típico mais novas.
Além disso, crianças com Síndrome de Down cresceram tendo que lidar com mais dificuldades do que muitos de seus colegas. Muito do que se espera que eles façam em seu dia-a-dia será muito mais difícil de conseguir fazer devido a seus problemas de comunicação, audição, memória, coordenação motora, concentração, e dificuldade de aprendizado. Os problemas de comportamento podem, portanto, ser desencadeados em algumas situações aparentemente banais. Por exemplo, eles podem se sentir frustrados ou ansiosos com mais facilidade. Então, o fato da criança ter Síndrome de Down não necessariamente quer dizer que ela vá apresentar inevitavelmente problemas de comportamento, mas a natureza de suas dificuldades os fazem mais vulneráveis a desenvolver problemas de comportamento.
Uma questão particular dos problemas de comportamento são as estratégias para escapar das tarefas. Pesquisas mostram que, como muitos alunos com necessidaes educacionais especiais, crianças com Síndrome de Down costuma adotar estas estratégias que comprometem o progresso de seu aprendizado. Alguns alunos usam comportamentos anti-sociais para distrair a atenção dos adultos e escapar do trabalho, e parecem apenas aceitar fazer tarefas que exigem muito pouco de sua capacidade cognitiva.
É importante o professor ficar atento à possibilidade destas estratégias e saber separar comportamento imaturo de mau-comportamento deliberado, e assegurar que o nível de desenvolvimento e não a idade cronológica da criança seja levado em consideração, junto com sua capacidade de entender instruções dadas oralmente. Qualquer recompensa a ser oferecida trambém deve levar em conta estes fatores.
ESTRATÉGIAS
- Assegurar que as regras são claras
- Assegurar que todos os funcionários da escola saibam que a criança com Síndrome de Down deve obedecer às regras como qualquer aluno.
- Utilizar instruções curtas, precisas e claras e gestos e expressões que as confirmem – explicações longas e complexas não são apropriadas.
- Distinguir o “não consigo fazer” do “não vou fazer”
- Investigar qualquer comportamento inapropriado, perguntando a si mesmo por que a criança está agindo deste modo: a tarefa é muito fácil ou muito difícil ? A tarefa é muito longa ? O trabalho é adequado para a criança ?
- O aluno compreende o que é esperado dele ?
- Encorajar comportamento positivo desenvolvendo figuras de bom comportamento. Por exemplo, mostrar uma foto da turma ou de um grupo arrumando a sala direitinho, pode ser o bastante para encorajá-lo a fazer o mesmo.
- Reforçar o comportamento desejado imediatamente com sinais de aprovação visuais ou orais.
- Ignorar tentativas de chamar a atenção dentro do possível – o seu propósito é criar distração
- Desenvolver uma série de estratégias para lidar com a tentativa de escapar: algumas funcionarão melhor que outras com algum um aluno em particular.
- Assegurar que o professor de apoio não seja o único lidando com o mau-comportamento. O professor da turma tem a responsabilidade sobre a criança.
- Assegurar que a criança trabalhe com colegas que sejam bons modelos em comportamento.
PRÁTICAS DE SALA DE AULA
Muitos alunos com Síndrome de Down, assim como outros alunos com necessidades educacionais especiais, não se adaptam a algumas práticas de sala de aula: aulas expositivas para a turma inteira, aprender ouvindo, e trabalho de reforço baseado em exercícios sem modificação. Portanto, os professores precisam analisar suas práticas de sala de aula e todo o ambiente de aprendizado na classe de forma que as atividades, os materiais e os grupos de alunos sejam levados em conta. Para certos propósitos, a habilidade será menos importante do que os estilos de aprender de cada aluno. É importante, por exemplo, utilizar a motivação e a oportunidade para aprender com bons modelos que surgem quando o alunos com Síndrome de Down está trabalhando em grupo os colegas.
Estudos mostram que não apenas os alunos com necessiades educacionais especiais preferem trabalhar em grupo, mas o grupo cooperativo fomenta o aprendizado.
ESTRATÉGIAS
Decida quando a criança deve trabalhar:
- Em atividades com toda a classe.
- Em grupo ou em pares na classe.
- Em grupo ou em pares numa área afastada.
- Individualmente independentemente ou individualmente com o professor.
Decida quando a criança deve ficar:
- Sem apoio.
- Com apoio dos colegas.
- Com apoio do professor assistente.
- Com apoio do professor da turma.
- Faça um Plano de Educação Individual para atingir determinadas áreas que necessitem atenção.
- Produza uma grade de horários visualmente atraente para que a criança entenda a estrutura do seu dia.
LEITURA
Há muitas pesquisas destacando a forte ligação entre a leitura e o desenvolvimento da linguagem em crianças com Síndrome de Down e a leitura é uma área do currículo em que muitas destas crianças podem se sair muito bem. Como a palavra escrita faz com que a linguagem se torne visual, os textos impressos superam a dificuldade do aprendizado pela audição.
A leitura pode portanto ser usada para:
- Ajudar o entendimento.
- Ajudar a acessar o currículo.
- Melhorar as habilidades de fala e linguagem.
ESCRITA
Produzir qualquer forma de trabalho escrito é uma tarefa muito complexa. As dificuldades de memória curta, fala e linguagem, sistema motor fino e organização e sequenciamento de informação provocam um impacto considerável na aquisição e desenvolvimento da escrita para muitos alunos com Síndrome de Down.
Áreas de especial dificuldade:
- Colocar as palavras em sequência para formação da frase.
- Colocar eventos-informação em sequência na ordem correta.
- Organização de pensamentos e informação relevante no papel.
ESTRATÉGIAS
- Investigar recursos adicioais para ajudar a escrita como um processo físico – diferentes tipos instrumentos para escrever, apoio tátil para empunhar o lápis, linhas grossas, quadrados no papel para limitar o tamanho da letra, papel com pauta, quadriculado, quadro individual para escrever, programas de computador.
- Oferecer apoio visual – flash cards (cartões de leitura com figura ou foto e palavra), palavras-chave e símbolos gráficos escritos em cartões.
- Oferecer métodos alternativos de memorização: sublinhar ou circular a resposta correta, sequência de frases com cartões, programas de computador específicos, utilizar o método Cloze (subtração sistemática de palavras, substituídas por lacunas num texto a ser aprendido).
- Garanta que os alunos só escrevam sobre assuntos que estejam dentro de sua experiência e entendimento.
- Ao copiar do quadro, sublinhe ou destaque uma versão mais curta que focalize o que é essencial para o aluno.
- Encorajar o uso de letra cursiva para ganhar fluência.
ORTOGRAFIA
Como a leitura, não é indicado confiar apenas na fonética para resolver problemas de ortografia, uma vez que muitas crianças com Síndrome de Down estarão soletrando palavras a partir da sua memória visual. Porém, para desenvolver e expandir sua habilidade de leitura elas vão precisar aprender algumas noções fonéticas , mas o desenvolvimento nesta área pode ser mais lento do que o de seus colegas.
ESTRATÉGIAS
Devido às habilidades de fala e linguagem mais fracas e o vocabulário limitado, é importante:
- Ensinar palavras que eles entendam.
- Ensinar palavras objetivando promover o desenvolvimento de sua fala e linguagem.
- Ensinar palavras necessárias para matérias específicas.
- Ensinar ortografia da maneira mais visual possível.
- Usar métodos multi-sensoriais – por exemplo, olhe-cubra-escreva-cheque, cartões com figuras e palavras, acompanhar com o dedo as letras.
- Reforçar os significados de palavras abstratas com figuras e símbolos.
- Colorir grupos e padrões de letras similares dentro das palavras.
- Oferecer um banco de palavras com figuras agrupado alfabeticamente para reforçar o significado.
- Trabalhar atividades de ortografia no computador.
- Ensinar famílias de palavras simples e básicas.

Folheto produzido por Sandy Alton, da Down´s Syndrome Association, e distribuído pelo Ministério da Educação britânico
Tradução Patricia Almeida
Versão/original/em/inglês/no/seguinte/link: http://www.downs-syndrome.org.uk/pdfs/DSA%20A4%2012pp%20Primary.pdf



APRENDENDO A INCLUIR POR MEIO DO TEATRO

AutorLILIANE DOS GUIMARAES ALVIM NUNES - UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA
Coautor(es)
LUCIANNA RIBEIRO DE LIMA; FÁTIMA REZENDE NAVES DIAS; GLÁUCIA COSTA ABDALA DINIZ

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino   Componente Curricular               Tema
Ensino Fundamental Inicial         Ética      Respeito mútuo
Ensino Fundamental Inicial         Ética      Solidariedade
Ensino Fundamental Inicial         Ética      Justiça
Ensino Fundamental Inicial         Ética      Diálogo

Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
a) Expressar seus sentimentos e idéias por meio da representação de papéis.
b) Valorizar as diversas manifestações artísticas, dentre elas o teatro, enquanto um recurso importante para a formação humana.
c) Usar a imaginação para criar histórias curtas, porém com sentido, passíveis de serem representadas por meio de uma peça de teatro.
d) Conhecer projetos sociais em que o teatro é utilizado como ferramenta para a inclusão social.  
Duração das atividades
Duas ou mais aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Não há necessidade de se trabalhar conhecimentos prévios.                                                                                                                                         
Estratégias e recursos da aula
Comentários ao/a professor/a:  
Professor/a não restam dúvidas sobre o quanto o teatro (enquanto uma manifestação artística) vivenciado nas escolas pode contribuir para a formação humana dos/as alunos/as, uma vez que promove a sensibilização dos/as mesmos/as, despertando sentimentos diversos, provocando reflexões sobre a sua própria vida e da sociedade de uma maneira geral. Nesse sentido, dar oportunidade as crianças de encenarem peças de teatro no ambiente escolar e/ou em outros ambientes contribui para que as mesmas aprendam a refletir sobre temáticas do cotidiano, entrem em contato com a emoção, tornando-as mais sensíveis e possivelmente mais conscientes de sua participação na vida em sociedade. Referendamos a fala de Amaral (2010) ao escrever: “Se o teatro é a imagem do homem e da vida em cena, ele pode sim trazer as mais diversas questões para o debate. E quando essas questões são colocadas diante de crianças e adolescentes, você faz com que eles adquiram uma determinada consciência. Dessa forma, o teatro pode ser um instrumento de transformação na medida em que faz refletir, por exemplo, as condições de vida de determinada comunidade a partir de conteúdos e temáticas propícios a reflexões”. Assim essa aula tem o propósito de auxiliar os/as alunos/as na percepção do teatro enquanto uma importante ferramenta de aprendizagem no âmbito da educação e na inclusão social das pessoas.
Atividade 1:
1º Momento: Professor/a, inicie sua aula esclarecendo que essa será uma aula diferente em que todos os presentes experimentarão o lugar de “Artistas por um dia”. Dizer que cada um terá a oportunidade de representar um papel de um personagem de uma história. Para isso, professor/a você precisará levar para a sala vários livros infantis e uma caixa com vários objetos, a saber: fantasias, acessórios, máscaras, maquiagem, peças de cenário, calçados, dentre outros.
2º Momento:   Dividir o grupo em 4 sub-grupos e solicitar aos alunos que escolham uma história infantil para representar. Professor/a você poderá disponibilizar os clássicos infantis (Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos, Cinderela, O Patinho Feio, dentre outros)  que são conhecidos, praticamente, por todas as crianças.   
3º Momento:   Após essa etapa cada grupo deverá dirigir-se até o centro da roda para buscar dentro da caixa alguns acessórios que os auxiliem para a encenação da história. Professor, no site “Livros Infantis” você verá opções de trabalhar com os/as alunos/as a representação de papéis por meios de histórias infantis. Acesse o endereço abaixo e confira:


4º Momento: Explorar com os/as alunos/as: Como foi participar desse teatro? O que vocês aprenderam por meio dessa atividade? Como foi "fazer de conta" que era um animal, ou outra pessoa? será que quando as pessoas fazem de conta que são personagens elas se transformam nos mesmos?
Atividade 2:  
1º Momento: Professor/a, para essa atividade é necessário que você leve duas folhas de papel sulfite emendadas e dobradas como se fosse uma sanfona. As dobras poderão medir cerca de 3 centímetros cada. Convide os /as alunos/as para se sentarem em círculo no chão e explicar que a atividade que irão realizar vai exigir muita atenção, concentração e criatividade. Oriente os/as alunos/as que a folha juntamente com uma caneta hidrocor irão passar de mão em mão para que cada aluno/a dê continuidade ou complete a idéia da frase anterior. À medida que a “sanfona” for passando os/as alunos/as só poderão ler o que estiver escrito na dobra anterior. Ex: O professor inicia com a seguinte frase: “Era uma vez uma menina chamada”... O aluno que estiver na seqüência fará a leitura em voz baixa dessa primeira frase e completará a mesma com: “Juliana. Juliana gostava muito de brincar de boneca...” O próximo aluno poderá ler apenas a frase que estiver na segunda dobra e assim por diante até perpassar todos os alunos.  
2º Momento: Após finalizar essa etapa o/a professor/a convidará inicialmente uma criança para fazer a leitura do texto completo em voz alta e depois duas ou três crianças para representarem a cena criada/construída pelo grupo. Professor/a torna-se fundamental abrir possibilidade para os próprios alunos/as manifestarem o interesse em participar, evitando criar situações de constrangimento ao indicar alguém.   
3º Momento: Explorar com os/as alunos/as: Como foi participar dessa atividade? A atividade apresentou grau de dificuldade? Exigiu muito dos/das alunos/as? Em que sentido? O que foi possível perceber por meio dessa atividade? Professor/a, faz-se necessário incentivar os/as alunos/as a vivenciarem o improviso, uma vez que o nosso cotidiano atual tem exigido cada vez mais das pessoas que tenham habilidade para lidar (de forma equilibrada e tranqüila) com as situações emergenciais que lhes acontecem. Nesse sentido dar oportunidade as crianças de representar papéis, improvisar, vivenciar diferentes emoções pode contribuir para prepará-las para os imprevistos e improvisos da vida.  
 Atividade 3:   
1º Momento: Assistir ao vídeo: “Projeto usa teatro para a Inclusão social de deficientes físicos”
2º Momento:
Dividir o grupo em duplas para que respondam as seguintes questões:
1) Vocês consideram que o teatro emociona as pessoas? De que forma?
2) Quais são os sentimentos que uma peça de teatro pode provocar em seu público? E nos próprios atores?
3) Na sua percepção, quando as pessoas se colocam no lugar do outro é possível vivenciar os sentimentos e a emoção do outro? Justifique sua resposta.  
4) Vocês acreditam que a experiência de representar papéis auxilia as pessoas? Em caso afirmativo, exemplifique. Em caso negativo, justifique.  
3º Momento: 
Socializar a tarefa, sendo que cada dupla apresentará as suas respostas. A partir disso, o professor deverá promover um debate sobre o tema: “A inclusão por meio do Teatro”   
Recursos Complementares
Referência bibliográfica: Entrevista com Lindolfo Amaral, disponível em:
Livro digital: “Arte e responsabilidade social- inclusão pelo teatro e pela música”- Viviane Louro. Disponível em:
Vídeo Youtube: “Projeto Oferece Oficinas” . Disponível em:
Professor/a, no endereço abaixo você encontrará várias sugestões de livros que abordam sobre teatro e teatro-educação para serem trabalhados com crianças e jovens.  
Avaliação
Professor/a procure perceber se os/as alunos/as conseguiram se envolver nas atividades de interpretação, mesmo aquelas crianças que se apresentam mais retraídas no dia a dia da sala de aula. Observe se os/as alunos/as tiveram respeito pela fala dos colegas e pela participação dos mesmos nas atividades propostas. Se possível, professor/a, é fundamental que você tenha registrado, no decorrer das atividades, as escollas das histórias, dos personagens, dentre outras escolhas feitas pelas crianças que revelam questões subjetivas das mesmas, importantes de serem conhecidas pelos/as professores/as para que sejam mediadas e cuidadas. Identifique os sentimentos despertados nas crianças no momento das atividades, incentivando que os colegas sejam solidários aos mesmos. Solicite aos/as alunos/as que avaliem por meio de três expressões: "Que bom!", "Que pena!" e "Que tal!" o que sentiram em relação as atividades desenvolvidas nessa aula. Por fim, peça que os/as alunos/as respondam por escrito individualmente as seguintes questões:
1) O que é inclusão para você?
2) De que forma o teatro pode auxiliar a inclusão social das pessoas? 




Um amigo diferente? Como trabalhar a inclusão com as crianças no cotidiano escolar? (UCA)

AutorLaís de Castro Agranito - UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA
Co-autor(es) Aline Rodrigues Cantalogo, Denize Donizete Campos Rizzotto, Kellen Cristina Costa Alves Bernardelli e Rones Aureliano de Sousa.


O que o aluno poderá aprender com esta aula

  • Compreender a importância dos  sentidos;
  • Respeitar e valorizar as diferenças de cada sentido;
  • Explorar uma história literária;
  • Interpretar informações;
  • Realizar pesquisas;
  • Conhecer o alfabeto Braille e instrumentos utilizados para a leitura e escrita dos deficientes visuais;
  • Desenvolver habilidades de escuta e respeito à leitura de colegas.
Duração das atividades
Aproximadamente 300 minutos – cinco (5) aulas de 60 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Para a realização dessa aula é necessário que os alunos tenham desenvolvido noções sobre a utilização de recursos do Classmate como:  navegar com o Mozilla Firefoxutilizar o Kword,Webcam e o Tux Paint.  Estar inserido no processo de alfabetização. 
Estratégias e recursos da aula

Prezado professor, essa aula foi estruturada buscando contemplar atividades que possam ser trabalhadas com alunos de instituições incluídas no Programa “Um Computador por Aluno” (PROUCA) do MEC. Nesse sentido, indicamos o uso do Classmate, ou seja, o laptop que os alunos e professores receberam do Programa. Porém, ressaltamos que todas as atividades aqui propostas podem ser adaptadas e aproveitadas por professores de instituições não incluídas no PROUCA, contemplando por sua vez, as especificidades de cada escola, professor e aluno. Para isso, ao longo das atividades apresentamos possibilidades que podem ser desenvolvidas pelos docentes que não possuem este recurso em sua escola. Conte conosco para sugestões de adaptações!

1ª Atividade – aproximadamente 60 minutos
DISCUTINDO O TEMA: deficiência visual
- Professor, a pluralidade é algo muito importante a ser trabalhado na sala de aula, bem como as diferenças de cada um. Nesse sentido, esta aula tem o objetivo de contribuir com ideias de como se trabalhar com as diferenças e especificamente, com a deficiência visual.
- Nesse sentido, se em sua sala tiver algum aluno ou um familiar com deficiência visual você poderá explorar a temática buscando desenvolver com as crianças atitudes de respeito e inclusão.
- Caso não haja nenhuma pessoa com deficiência visual em sua escola, você poderá trabalhar também, pois as crianças precisam aprender desde cedo as diferenças de cada um e a respeitá-las e valorizá-las. Neste caso, você poderá introduzir o trabalho sobre a deficiência visual partindo do tema sentidos.
- Inicie sua aula organizando os alunos em uma roda de conversa e estimule-os a falarem sobre suas sensações e experienciarem os seus sentidos.
- Uma sugestão é a criação de uma “Caixa dos sentidos”, na qual você poderá levar alguns materiais para a rodinha, para que as crianças possam tocar, cheirar, degustar, ouvir e visualizar. Faça a caixa utilizando materiais que estimulem os sentidos dos alunos ao tocá-la, como lixa, algodão, perfume, dentre outros materiais.
Questione-as sobre:

  • Toquem o rosto de vocês. O que estão sentindo?
  • Hoje está calor ou frio?
  • Puxem o ar pelo nariz. Que cheiro vocês estão sentindo?
  • Olhem ao seu redor e me digam: o que vocês estão vendo?
  • Fiquem em silêncio e relatem que sons vocês estão escutando.
  • Que tal comer um bombom? ( Nesse momento, entregue um bombom ou bala para cada um de seus alunos e solicite que eles degustem).
  • Nossa, quantas sensações! Como será que sentimos todas elas?

- Mesmo se em sua sala tiver alguma criança com algum tipo de deficiência, você poderá realizar esses questionamentos, para que os alunos percebam que somos diferentes e que nem todos podemos ter as mesmas sensações.
- Em seguida, converse com as crianças sobre os cinco sentidos e diga-lhes que temos em nosso corpo órgãos responsáveis por essas sensações. Temos o nariz responsável pelo sentido do olfato, a língua que nos propicia o paladar, a pele responsável pelo tato, os ouvidos pela audição e os olhos pela visão.
- Depois, converse com eles explicando-lhes que algumas pessoas podem ser privadas de sensações por algum tipo de deficiência, como por exemplo, a visual e auditiva. Pergunte a eles se conhecem alguém que tem algum tipo de deficiência. Como nosso foco é explorar a deficiência visual, enfatizaremos essa deficiência ao longo desta aula.
- Caso em sua escola tenha alguma pessoa com deficiência visual, ou você e seus alunos conheçam algum, convide-o para uma conversa com seus alunos na qual ele poderá relatar como é ser uma pessoa com deficiência visual, suas dificuldades, facilidades e superações.

Desenhando de olhos vendados:
- Proponha, como atividade de registro que seus alunos fiquem de olhos vedados e produzam um desenho. Para tanto, divida-os em duplas e peça para que um colega vede os olhos do outro para desenhar e vice-versa.
- Distribua folhas de papel A3, canetinhas, lápis de cor, giz de cera ou tinta.
- Caso opte por utilizar o laptop de seus alunos, eles poderão fazer os desenhos utilizando a ferramentas do Tux Paint (metasys/edusyst/arte e música/ pintura digital).
- Depois de desenharem, oriente-os a socializarem seus desenhos e relatarem o que sentiram com essa vivência.
- Exponha as produções dos alunos em um mural ou varal na sala de aula.

2ª Atividade – aproximadamente 60 minutos
EXPLORANDO UMA HISTÓRIA LITERÁRIA: um amigo especial
- Professor, a literatura infantil além de contemplar o imaginário, a criatividade e ludicidade do universo infantil, pode ainda ser um valioso instrumento para trabalhar diversas temáticas com os alunos.
- Nesse sentido, nossa sugestão é que você explore com eles a história “Cocoricó: um amigo especial” da autora Cristiane Pederiva, editora Melhoramentos do ano 2006. Essa história aborda a questão da deficiência visual de forma lúdica, e retrata o cotidiano de Mauro, mostrando objetos e recursos que ele utiliza para aprender e viver.

Fonte: acervo da autora
Sinopse:
“Júlio convida Mauro, seu grande amigo, para ir estudar com ele na fazenda Cocoricó. A turminha conhece Mauro e fica sabendo que ele precisa de ajuda de uma bengala para caminhar e que, para escrever, usa caneta e um caderno bem diferentes. Júlio descobre que, mesmo sem enxergar as pessoas podem ler, escrever, contar histórias e brincar de coisas muito divertidas.Um amigo especial é um título da série Diferenças e Costumes, em que as histórias destacam a harmonia  na convivência entre diferentes e as relações que se formam a partir da tolerância e da boa vontade.”
Fonte: PEDERIVA, Cristiane. Um amigo especial – Cocoricó – Diferenças e Costumes. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2006.

- Inicie o trabalho com a história explorando com seus alunos a capa do livro. Para tanto, providencie o livro e leve-o para a rodinha na sala de aula, assim os alunos poderão visualizá-lo e manuseá-lo.
- Mostre a capa do livro e estimule-os a fazer inferências, questionando-lhes:

  • O que tem na capa deste livro?
  • Quem o escreveu?
  • Como é que ele chama?
  • Sobre o que vocês acham que essa história fala?
  • Como são os personagens que aparecem na capa? Eles são iguais? Por que será que um deles está de óculos escuros?
  • O que ele está segurando?

- Deixe que os alunos conversem uns com os outros e exponham suas opiniões.
- Antes de iniciar a leitura, explore as ilustrações do livro. E a cada página questione-os sobre o que eles acham que está acontecendo.
- Posteriormente, proponha a contação dessa história. Para contar a história, você poderá utilizar fantoches, convidar outros professores para participarem da contação e se caracterizarem de acordo com os personagens, ou então, providencie o livro para utilizá-lo na rodinha.
- Após a contação da história, dialogue com seus alunos sobre:

  • O que vocês acharam da história?
  • Como era Mauro?
  • O fato de ele deficiente visual o atrapalhou a fazer alguma coisa?
  • O que ele usava para escrever sua redação?
  • O que é uma reglete? Vocês já viram alguma?
  • Que instrumento ele utilizava para ajudá-lo a se locomover?
  • Alguém aqui já ouviu falar em Braille? O que vocês acham que é isso?

- Discuta com os alunos na rodinha que as pessoas deficientes visuais utilizam os outros sentidos para perceberem o mundo a sua volta, e que Braille é um sistema de comunicação utilizado pelos deficientes visuais para se comunicar.  E diga-lhes que posteriormente vocês irão aprofundar esses questionamentos realizando uma pesquisa.
   
Interpretando a história:
- Proponha para os alunos uma atividade de registro na qual eles poderão explorar a leitura e a escrita, bem como a interpretação de informações. Veja a seguir uma sugestão:
História : Um amigo especial
1. Preencha os espaços abaixo com os dados da história que se pede:
Título:
Autor (a):
Editora:
Ano de publicação:
2. Marque um X para as alternativas corretas:
A história se passa em uma:
(   ) escola                          (   ) praia                    (   ) fazenda
O personagem Mauro é deficiente:
(   ) auditivo                                        (    ) visual              
A deficiência de Mauro está relacionada à qual sentido?
(   ) tato       (   ) paladar    (   ) olfato    (   ) visão      (    ) audição
Para se locomover Mauro utiliza uma:
(   ) muleta            (   ) cadeira de rodas            (    ) bengala
Para escrever manualmente Mauro utiliza uma:
(   ) reglete                                            (   ) caneta
3. Por que Mauro e Julio preferiram brincar no paiol ao invés de brincar no quintal?

4. Como Mauro fez para reconhecer Caco, saber que ele estava com fome e que a vovó tinha feito um bolo?

  Outras sugestões de atividades que podem ser trabalhadas a partir da história:

  1. Ilustrar a parte da história que mais gostou;
  2. Inventar e escrever outro final para a história;
  3. Disponibilizar imagens da história para que eles coloquem em sequência;
  4. Desenhar Mauro e descrever suas características;
  5. Confeccionar fantoches dos personagens;
  6. Procurar em revistas e jornais, imagens de pessoas portadoras deficiências e montar um painel;
  7. Produzir um texto a partir de imagens da história;
  8. Dentre outras.


Professor, solicite que seus alunos levem seus laptops para casa e realizem a seguinte atividade:
 1) Convide seus familiares para brincar de cabra-cega. Para tanto, uma pessoa deverá vedar os olhos e tentar encontrar as outras que estão na brincadeira. Lembre-se de realizar a brincadeira em um espaço amplo e seguro, evitando assim que alguém se machuque, pois estarão de olhos vedados.
2) Vocês poderão fotografar a brincadeira utilizando a Webcam localizada na área de trabalho de seu laptop. Depois, peça ajuda de seus familiares para produzirem um texto contando sobre a vivência com a brincadeira. Para tanto, vocês poderão utilizar Kword (metasys>aplicativos >ferramentas de produtividade>suíte de escritório>processador de textos) para registrarem. Depois, deverão salvar em um arquivo para socializar na próxima aula com os colegas.

 3ª Atividade – aproximadamente 60 minutos
SOCIALIZANDO
- Professor, reserve esse momento para que os alunos socializem a tarefa de casa. Para tanto, eles poderão levar os laptops para a rodinha, mostrar as fotos e lerem os textos que produziram sobre a vivência com a brincadeira cabra-cega.
- Lembre-se de reforçar a importância de valorizar os sentidos que possuímos, de respeitar e auxiliar as pessoas com algum tipo de deficiência.
- Em relação aos deficientes visuais, são orientações relevantes de se trabalhar com seus alunos:
  • Dialogue normalmente com a pessoa deficiente visual, sem alterar a voz e a velocidade da fala;
  • Antes de ajudar alguém com essa deficiência, pergunte como ele quer que você haja;
  • Ao explicar a direção a um deficiente visual, seja claro e específico. Identifique obstáculos no caminho;
  • Para guiar uma pessoa cega, segure-a pelo braço de preferência cotovelo ou ombro.

4ª Atividade – aproximadamente 60 minutos

PESQUISANDO EM SALA...
- Professor, são muitas as informações para abordar sobre a deficiência visual com seus alunos. Você poderá propor uma pesquisa na internet, para que as crianças procurem saber sobre os instrumentos utilizados por pessoas deficientes visuais para ler, escrever, fazer cálculos, dentre outros. Para tanto, eles deverão acessar os sítios de pesquisa utilizando seus laptops por meio do Mozilla Firefox (metasys> favoritos>navegador de internet).
- Você também poderá levá-los até o Laboratório de Informática de sua escola para que façam a pesquisa. Poderá também convidar um professor especialista em Educação Especial, que trabalhe ou tenha trabalhado com deficientes visuais, para que ele conte sua experiência e leve materiais para que os alunos possam visualizar.
Veja alguns sítios nos quais você poderá pesquisar com seus alunos questões relativas a deficiência visual:

  1. No sítio http://www.lerparaver.com/node/146, você encontra explicação de como surgiu o Braille.
“Por volta de 1815 a França andava envolvida em múltiplas guerras. As constantes mensagens que circulavam não podiam ser lidas de noite já que, para tal, era necessária luz, o que despertaria o inimigo. Assim, o oficial de artilharia Charles Barbier, inventou um processo de escrita em relevo, por pontos, que pudesse ser lida com os dedos, sem necessidade de luz. Chamou-se a esse sistema escrita noturna. Louis Braille, que cegara aos três anos por acidente, em 1812, encontrava-se a estudar na Instituição Nacional dos Jovens Cegos de Paris quando teve conhecimento da escrita noturna. Entrou logo em contacto com Charles Barbier, estudou o seu sistema, aperfeiçoou-o e reduziu-o para seis pontos. Este novo método tornou-se universal sob o seu nome: Método da Escrita Braille, que se resume na célula Braille”.


2. Neste sítio http://www.youtube.com/watch?v=8b3RW3OcH2o&feature=related você encontra um vídeo apresentando o alfabeto Braille.


3. O sítio http://intervox.nce.ufrj.br/~fabiano/braille.htm disponibiliza imagens e explicações sobre instrumentos utilizados pelos deficientes visuais para ler e escrever.
“O braille é um sistema de escrita utilizado por nós cegos. Ele recebe o nome de seu inventor ( Louis Braille), que também era cego, e com 15 anos inventou o sistema. O braille é composto por 6 pontos em relevo, que formam 63 combinações. Com ele é possível fazer letras, números, símbolos químicos e matemáticos”.
A escrita do Braille pode se realizar por várias maneiras:

Reglete e o punção: A pessoa prende o papel na reglete, e com o punção vai fazendo a combinação de pontos que formam as letras.



Máquinas de datilografia: Existem muitos modelos de máquinas de datilografia. Com elas o trabalho se torna muito mais rápido que na reglete, pois a pessoa não precisa fazer ponto a ponto com o punção.
  
Com o avanço da informática, já é possível produzir um Braille com ótima qualidade em impressoras especiais. Também já é possível imprimir gráficos, o que não era possível nas máquinas de datilografia.


4. O sítio http://intervox.nce.ufrj.br/~fabiano/soroba.htm dispõe a imagem e explicação sobre o sorobã (aparelho de cálculo e utilizado para registrar números).

- Ao final da pesquisa, converse com seus alunos explicando-lhes que apesar de terem esses materiais muitas escolas não os disponibilizam, e muitas crianças cegas não têm condições de adquirir esse material. Essa deve ser uma luta não somente dos deficientes visuais mais de todos nós, pois todos ganham com essas oportunidades de aprendizagem.

5ª Atividade – aproximadamente 60 minutos
COMO DEFICIENTES VISUAIS: aprendendo novas técnicas e arte
- Professor, para finalizar esse trabalho sugerimos duas atividades nas quais os alunos poderão vivenciar e aprender técnicas utilizadas pelos deficientes visuais.
Dinâmica: aguçando os sentidos
- Professor, para essa dinâmica providencie instrumentos musicais como: reco-reco, apito, tambor, flauta, dentre outros. E tiras de tecido preto para vedar os olhos dos alunos.
Como fazer:
1. Divida os alunos em dois grupos. Em um dos grupos será vedado os olhos dos alunos, e no outro cada aluno receberá um instrumento musical.
2. Leve os alunos para um lugar amplo e sem obstáculos, ou então afaste os móveis da sala de aula para que eles não se machuquem durante a dinâmica;
3. Os alunos que estão com os instrumentos deverão se espalhar pela sala e os que estão com os olhos vedados devem encontrá-los utilizando os outros sentidos, especialmente o da audição, pois os alunos estarão tocando os instrumentos para serem encontrados.
4. Troque os alunos de grupo de forma com que eles se revezem vedando os olhos e tocando os instrumentos;

- Ao final da dinâmica, peça que eles relatem na rodinha quais estratégias e sentidos eles utilizaram para encontrar os amigos, mesmo estando com os olhos vedados.
- Eles poderão filmar a brincadeira utilizando a Webcam que está localizada na área de trabalho de seus laptops. Ou então fazer um desenho sobre a dinâmica.

Desenhando como os deficientes:
- Inicie esta atividade solicitando que os alunos vejam o vídeo “Ensino do Desenho para crianças Cegas - Diele Fernanda”. Para tanto, eles deverão acessar o sítiohttp://www.youtube.com/watch?v=decBO5FjjMk  por meio do Mozilla Firefox(metasys> favoritos>navegador de internet). No vídeo são mostradas técnicas de pintura e desenho utilizadas com crianças cegas, e você poderá realizar algumas com seus alunos.


- Lembre-se que eles deverão estar com os olhos vedados para vivenciarem a ausência da visão.
- Para esta atividade, você deverá providenciar telas de pintura, alfinetes, barbante ou lã, pincel, lápis de escreve e de cor, tinta e papel.
- Convide um professor de artes de sua escola para lhe auxiliar nesse trabalho propondo um trabalho interdisciplinar. Fotografe ou filme esse momento, utilizando a Webcam que está localizada na área de trabalho de seus laptops.
Exemplos de técnicas apresentadas no vídeo:
  1. Espetar os alfinetes em uma tela de pintura no formato de algum desenho com coração, árvore, formas geométricas, dentre outros. E solicitar que os alunos coloram, pintem ou contornem a forma feita com alfinetes.
  2. Colar barbantes ou pedaços de lãs em uma tela de pintura ou no papel, em formato de algum desenho e solicitar que os alunos coloram, pintem ou contornem a forma feita com a lã ou barbante, formando assim seus desenho.
- Para finalizar, faça uma exposição com os desenhos dos alunos e as fotos desse momento. Eles vão adorar!
Recursos Complementares
Alguns filmes para trabalhar em suas aulas:
  1. Além dos meus olhos;
  2. A primeira vista;
  3. A cor do paraíso;
  4. Ray Charles (musical);
  5. Encontro às escuras;
  6. Silencio (drama);
  7. Surdos, cegos e loucos (comédia);
Livro:
SARAMAGO, José. Ensaio sobre a cegueira. Editora: Companhia das letras. 1995.
Artigo:
Documentário: As cores das flores
Avaliação
Professor, a avaliação deverá ser um processo contínuo de reflexão, em todas as atividades propostas. Observe a participação e envolvimento dos alunos ao longo do trabalho, analise se eles compreenderam a importância dos  sentidos, especialmente o da visão, se respeitaram e valorizaram as diferenças de cada um, exploraram a história literária interpretando informações contidas nela,  realizaram pesquisas e conheceram o alfabeto Braille e instrumentos utilizados para a leitura e escrita dos deficientes visuais


Vários modelos de Planos de Aula com flexibilizações à Deficiência Intelectual, Visual, Física e Auditiva você pode encontrar no link: http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/planos-de-aula.shtml?height=530&width=


Um abraço - Professora Andréa.